segunda-feira, 23 de junho de 2008

Uma aventura da qual não sairei vivo

Todo dia o sol olha para mim.
Todo dia o rio me chama assim.
Todo dia eu sonho com isso.
Um dia vou ter forças
para ir de encontro a eles.
Viver a natureza selvagem.
Viver a natureza humana.
Eu quero sentir a natureza.
Eu quero que ela me sinta.
Eu quero descobrir
o que tiver para descobrir.
Estar em todos lugares.
Conhecer todas as pessoas.
Ver a lua desaparecer
quando o sol nascer
e me acompanhar
até a noite chegar.
Eu quero ver por ai
o que nao consigo ver aqui.
Ver o quanto azul o mar pode ser.
Ver o quanto verde uma folha pode ser.
Ver todas as cores da terra.
Ir onde as cores podem me levar.

Pés descalços.
Sapatos sujos de areia.
Mãos pro alto.
Braços abertos.
Cabelo com cheiro
de água doce.
Poeira nos olhos.
Barba no rosto.
Andar até
não aguntar.
Subir montanhas.
Tocar a neve.
Pegar carona.
Achar abrigo.
Pedir abrigo.
Sentir o rio selvagem
até ele se acalmar
e poder o escutar.
Nadar no lago.
Tocar na terra,
e me alimentar dela
Beber a água da chuva.
Comer o que
a fome me oferecer.
Correr sem direção.
Esperar a onda chegar.
Conhecer estranhos,
estranhos amigos
de um dia
de uma vida.
conhecer as crenças
de quem já viveu.
ver o que as pessoas
podem fazer,
para viver.
Não se importar
só quando alguém chorar.
E não ter nada,
só uma mochila,
e uma vida pela frente.







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