segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Flores sem cores

Sei que vão falar de mim
quando eu for pro botequim
me apoiar nas paredes de papel
e nunca mais ver o céu
A bola preta vai chegando na caçapa
enquanto eu peço a próxima cachaça
meu amigo ela desce indisgesta
pois adora fazer uma festa

Então, eu falo para a Nair
não deixa o meu coração cair

Não consigo mais explicar
por isso digo que não vou voltar
com olhos turvos fico tentado a ver
qualquer flor pelo meu belo prazer
com o andar torto ainda resisto
na ânsia de morrer ainda insisto
nessa incontrolável vontade de beber

Então, eu falo para a Cris
não deixa o meu coração por um triz

Vou me embora mudando de calçada
aqui não tem flor a ser admirada
e o destino será o próximo bar
já estou com vontade de cantar

Então, eu falo para a Sofia
não deixa o meu coração na covardia

Preso nos braços dessa eterna desilusão
vou dizendo que não perdôo mais a felicidade
apenas espero o meu corpo cair no chão
e de um sorriso acabado brindo com a saudade
dessas flores sem cores

Então, eu falo para a Paixão
não deixa o meu coração não

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