domingo, 30 de maio de 2010

A última gota do amor

às vezes, dá vontade de cantar um samba
e escrever um lindo poema
às vezes, dá vontade de ser uma pedra
e mandar todo mundo ir a merda

De garrafas vazias quebradas pela metade
faz tudo parte da minha extrema realidade

E já não encontro mais felicidade
de tanto esperar, sinto sua falta
com uma profunda saudade
de quando eu era dela

Dentro de uma solidão inqueita
vou enganando a minha tristeza
querendo saber todas as formas
de sorrir enquanto o meu mundo
desaba com sabor de uma dor

Fica tudo na agústia retida
nessas passos para o infinito
que toca todas as direções
e inaugura precisas razões

mas no bater de asas de um beija-flor
as superfícies mudam de cor
de um único sentimento
que a todo momento
trasnsforma sutilmente
todo esse rancor

E essas eternas loucuras
navegam pela vida
com pequenas doçuras
que estavam perdidas
sem nenhuma candura
com muitas feridas

E de tantas paixões
das mesmas canções
o fim, a despedida
o começo, um abraço
e o que mais?

E podem enterrar meu corpo
na terra molhada da fria chuva
se os meus sonhos não nadarem
nas profundezas das águas do mar
desse coração que olha nos olhos
e segura a última gota do amor

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