sábado, 30 de maio de 2009

O alto da montanha

Nós nos abraçamos,
mas o medo chegou logo,
aos poucos, nos afastamos
E ficamos nos olhando.

E ficamos nos olhando...

Escalando a montanha
com fome e e sede
cansado e sem forças.
Pedras e pedras.

O vento gelado
bate na nuca
arrepia meus cabelos
me apresenta ao frio.

No alto da montanha
talvez possamos tocar no céu.
Será a sensação de voar.
Mas ninguém chegou ao topo.

Ninguém chegou ao topo.
Porque nós conseguiriamos?

Você aparece de repente ao meu lado
e está sorrindo,
então se joga no ar.
Era uma fumaça de cigarro
saindo dos meus lábios.

As pedras pontudas
ferem minhas mãos.
Dá vontade de se jogar.
Porque continuar?

Os poucos e fracos raios solares
que atravessam todas as barreiras
me lembram o calor do meu corpo
das paixões desse pequeno coração.

Você aparece de renpente ao meu lado
e sorrindo se aproxima,
se joga dentro da minha boca
rasgando como whisky sem gelo.

São só alucionações
de quem já foi louco.
São só ilusões
de quem já amou.

As pedras pontudas
ferem minha mão.
Da vontade de se jogar.
Porque continuar?

Você aparece de repente ao meu lado
com seus meigos olhos.
Eu não confio mais neles.
Eles não me enganam mais.

Então, continuo a subir.
Entre sentimentos pedrificados,
lágrimas congeladas
e com os pés descalços

sempre descalços...

E no alto da montanha cheguei.
consegui te ver lá de cima.
Você corria desesperadamente
para bem longe daqui.

desaparecendo no horizonte...

Um comentário:

Boneca de Pano disse...

para não dizeres que não comento...
ps: mantenha o meu anonimato ;)


Quanto aos seus textos, apenas uma onservação a fazer: muito bons, como sempre. Adoro o que escreves.

abraços